Geografia e Hip Hop
21/11/2016

Pensando em sensibilizar os alunos da 1ª série do Ensino Médio para as questões étnico-raciais, a professora de Geografia, Mariane Biteti, usou a cultura do hip hop como exemplo de resistência e manifestação cultural da população latina e afrodescendente. Ela discutiu com as turmas o papel dos jovens e de sua expressão através da “fala criativa” e problematizou a questão da violência contra a juventude negra no Brasil.

Durante as aulas, os alunos começaram discutindo estatísticas sobre a violência sofrida pela população negra. Em seguida, elencaram três momentos e três músicas para estudar os movimentos sociais. Começaram com “Carta à Mãe África” de um rapper de Brasília, Gog, cujo objetivo foi pontuar as raízes do preconceito. Depois, abordaram as situações-problema que os negros enfrentam na sociedade, com “Nego Drama” dos Racionais. Finalizaram o estudo com “Preto em Movimento” de MV Bill, que trata do orgulho negro, ou seja, um cenário positivo da luta.

A professora Mariane destaca a implicação positiva do trabalho: “A discussão foi muito boa e fiquei bem feliz com o resultado. Eu vi que existia o interesse pelo rap, que é uma das manifestações da cultura do hip hop, e a necessidade de mobilizar os alunos para se envolver e discutir questões sociais”. E completa: “Muitas vezes os alunos já tinham ouvido as músicas, mas não tinham percebido o real significado das letras”.