Pelo pátio e corredores centenários, os visitantes são apresentados à história e arquiteturas pelos próprios imortais. Vestidos com roupas de época, Machado de Assis, Arthur de Azevedo e outros grandes literatos nacionais percorrem o espaço da Academia Brasileira de Letras, mostrando as instalações e as curiosas peças doadas à instituição, como a escrivaninha do Olavo Bilac. Essa encenação lúdica fez parte do Corredor Cultural que os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental à 3ª série fizeram à ABL, no Rio de Janeiro, na penúltima semana de maio.

Acompanhados dos professores Tigran Sisson e Karla Faria, a visita estimulou os alunos a concretizarem a vida de autores dos quais eles já conhecem a obra, como Machado de Assis. Karla explica: “Achei muito produtivo. Além de detalhes da história de grandes nomes da nossa literatura, os alunos aprenderam sobre a instituição – como se faz para ser um imortal e quais os debates que se travam na casa. Acredito que a visita dá aos estudantes uma outra motivação na leitura, um novo olhar para os livros e autores”.

A aluna da 3ª série, Bruna Giglio, conta: “A visita pra mim foi muito especial porque pretendo seguir a área de línguas. Foi realizar um sonho. Estava querendo ir há muito tempo e lá, claro, havia autores que não conhecia. Mas, a maioria do Romantismo e Realismo já havia lido na escola. Foi muito interessante ver como eles chegaram até ali, ver as cadeiras e o que representava ser um patrono. É muito mais legal aprender dessa forma, em contato direto com a história. O ato surpresa para mim foi perceber que não eram só autores de Letras e de Línguas que compunham a Academia, que haviam gente das Ciências, como o Oswaldo Cruz ou da Política como o Sarney”.

Rafael Sepúlveda finaliza: “Eu achei incrível porque na Inglaterra você tem a Royal Social Academy, bastante semelhante a Academia Brasileira de Letras só que da Ciência”.