Um lugar de conexão real  
23/05/2024

Excesso de telas prejudica desenvolvimento infantil e é associado a ansiedade e depressão na adolescência

Desde 2001, o uso de celular é proibido nas salas de aula da nossa escola e em 2024 essa restrição foi estendida para o recreio e para o refeitório. Trata-se de um posicionamento antigo: a escola é um lugar de conexão, de diálogo, de aprendizado e de socialização real que precisa estimular o uso consciente do universo virtual. E os especialistas alertam para os perigos do uso excessivo e sem mediação do mundo digital – que causa danos para o desenvolvimento das capacidades físicas e mentais de crianças e adolescentes.

Problemas como ansiedade por padrões irreais divulgados na internet, depressão, presença em ambientes tóxicos – como jogos on-line – e vício no consumo de redes sociais, são alguns listados pelo pediatra Daniel Becker em entrevista ao podcast do LIV.

A potência do livro e o uso mediado de telas

Não se trata de ir na contramão de um mundo em transformação – onde a informação está na palma da nossa mão. A defesa, aqui, é que a digitalização do ensino demonstra riscos à aprendizagem que já foram identificados por países como a Suécia, cujo Ministério da Educação suspendeu o programa após os alunos demonstrarem retrocesso na habilidade da leitura.

De um lado, acreditamos que crianças e adolescentes precisam, primeiro conhecer e apreciar a leitura e a interpretação de livros para que tenham um olhar crítico para mergulhar no universo digital. De outro, não se trata de proibir o uso e sim de mediar e utilizar o celular de maneira a potencializar o aprendizado criativo – como, por exemplo, o projeto  “Festival de Curtas”, quando os alunos da 1ª série do Ensino Médio usam seus celulares para desenvolver um roteiro supervisionado pelos seus professores e orientados pela professora Nathalie VlceK.

Internet segura: uma questão de salvaguarda

De fato, nossa escola se preocupa com o uso inadequado da internet pelos nossos alunos e orienta eles a se protegerem na era das redes sociais. Trata-se de uma de nossas políticas de salvaguarda, indicando aos jovens – por meio de palestras e debates – os caminhos para uma navegação segura em um mundo cada vez mais digital. Por isso, recomendamos às nossas famílias o site safernet.org, que há anos vem fazendo um excelente trabalho de segurança na internet.

“A internet é fruto do que fazemos com ela, por isso cada um de nós pode contribuir fazendo um uso cidadão e responsável”

Alunas felizes usando o notebook como rercurso para estudar