Semana STEAM
02/10/2018

Experimentos de ilusão de óticas; um “carduíno”, veículo montado e projetado pelos alunos; as formas geométricas, simetria e ângulos presentes na dança, na música e na arte de Mondrian a Picasso; barquinhos movidos a minicaldeiras a vapor; mãos e garras projetadas com a pressão da seringa; foguetes feitos de garrafas PET; descobrir o que causava um incêndio através de desafios matemáticos em um jogo de Escape;  tudo isso e muito mais estava presente no sábado, dia 22 de setembro, na Mostra da Semana STEAM.

Durante toda a semana, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio assistiram a palestras com especialistas e recebem a premiação da Prova Canguru Matemático e Obmep. Sábado foi a hora de apresentarem suas pesquisas em um dia de portas abertas à comunidade escolar.

As turmas do 9º ano e da 1ª série contaram com a palestra “Do interior do átomo às galáxias”, ministrada pelo Doutor em Física, José Abdalla Helayël-Neto, Pesquisador Titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Assuntos como a complexidade da natureza e descobertas recentes sobre a origem do universo, estiveram presentes na apresentação.

Kátia Ashton Nunes, autora de diversos livros e especializada em Arte e Matemática, trouxe aos nossos alunos do 6° e 7° anos, a palestra “Todo dia é dia de Ver matemática com Arte” que discute a riqueza da interdisciplinaridade entre o cálculo e o pincel.

No dia 20, os alunos do 8º ano ouviram Arthur M. Moraes, Doutor em Física pela University of Sheffield e pesquisador adjunto no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF, na palestra “Na trilha das descobertas do LHC: avanços tecnológicos que aceleram mais partículas”.

Os alunos da 2ª série do EM, assistiram à palestra “Nanotecnologia aplicada ao desenvolvimento de novos medicamentos para doenças respiratórias”, ministrada pelo Doutor em Biologia e Pesquisador da FIOCRUZ, Marco Aurélio Martins. Temas, como a funcionalidade dos fármacos e de sua melhoria com a implementação da nanotecnologia no tratamento de inflamações graves, marcaram presença.

A proposta interdisciplinar STEAM envolveu pais e alunos em uma manhã de muito aprendizado. Ana Cláudia Corado, mãe de Bernardo (9º ano) e Vitor (6º ano) conta: “É formidável ver a desenvoltura, o conhecimento que eles possuem nas explicações e o preparo que supera a timidez. Gostaria que todas a crianças tivessem essa oportunidade, que a educação no Brasil fosse assim para todos”

Para a Diretora Pedagógica Luiza Sassi: “STEAM é uma possibilidade de unir saberes de diferentes áreas, de estimular o aluno a perceber o sentido dos conceitos que aprende no espaço da sala de aula e fora dela. Essa feira é a tangibilização de uma aprendizagem significativa”

Os alunos da 2ª série Vitor Barbosa, Rafael Coimbra e Rodrigo Fernandes utilizaram seus conhecimentos em programação e robótica para desenvolver um “carduíno”, montando o motor com peças e fios caseiros, Lego, um antigo controle de televisão e transferindo o sinal infravermelho em código que comandava o carro.

Para escapar de um incêndio na escola, os visitantes precisavam responder uma série de desafios matemáticos. Foi o Escape realizado pelos alunos da 2ª série. Andressa Trindade, da 2M1, explica: “O objetivo é descobrir quem começou o incêndio”

As alunas Ana Luiza Erthal, Ana Clara Poquechoque, Ana Clara Porto, Camila Bonin e Giulia Godolphim, da 2ª série fizeram mãos e garras de papelão que se movimentavam usando o princípio da pressão hidráulica de seringas

Os alunos Bruno Freitas e Lucas Pitombo, da 2ª série, apresentaram barquinhos movidos a vapor d’água no mesmo princípio que moveu as caldeiras da 1ª Revolução Industrial

A mãe da aluna Tarsila, do 8º ano, conta: “Todo ano venho e sempre temos a expectativa das Pontes de Macarrão. Eu curto muito a receptividade dos alunos, poder prestigiar o trabalho das crianças. Adoro quando a escola abre as portas e sempre temos o que aprender”

Os alunos Mariana, Arthur Miguel, Daniel, Ana Laura, Haroldo e Laura, do 6º ano, fizeram um esquadro adaptado para deficientes visuais estudarem geometria. “É importante se colocar no lugar do outro e pensar em instrumentos que trabalhem com o tato, facilitando o aprendizado deles”

A mãe do aluno Arthur (6º ano), Ana Paula Rocha, explica: “Vi muita inovação este ano, principalmente na parte tecnológica e da matemática aplicada. Geralmente os trabalhos do Ensino Médio são muito maduros, mas este ano achei impressionante o crescimento dos trabalhos do Ensino Fundamental. Acho que foi o grande destaque este ano, com a entrada da programação”.