Sábado Steam
26/09/2019

O conhecimento é universal. A sensibilidade artística e a exatidão matemática, a poesia e a engenharia, a tecnologia e a ciência caminharam lado a lado durante o Renascimento Cultural. Há 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci, um expoente dessa forma de pensar que não fragmentava o pensamento em esferas estanques, celebramos nossa Semana Steam toda voltada para genialidade desse artista e inventor ilustre. O objetivo é instigar nossos alunos a questionar os fragmentos e a desejar o todo, a valorizando todas as áreas do saber, pois elas são, na verdade, uma só.

O universalismo de Da Vinci tem, afinal, muita identidade com a metodologia Steam (um acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que usa inovação e criatividade para romper antigos padrões em um aprendizado cada vez mais ‘hands on’. No sábado, dia 21 de setembro, o GayLussac foi palco de mais uma culminância de Semana Steam, com atividades cada vez mais incríveis em cada edição.

As famosas e tradicionais pontes de macarrão. A incrível arte feita com som e areia do prato de chladni. O aprendizado com metodologia ativa em design e empreendedorismo da F1 in Schools. Foguetes feitos de garrafas pet. Uma reprodução da bobina de tesla. Um rover construído para andar em Marte. As antigas máquinas projetadas por Leonardo Da Vinci. Labirintos em 3D. Poliedros de Platão feitos com Jujuba. Um Pacman hidráulico que usa o princípio de Pascal. Um reator em batelada.

O F1 in School foi uma das atrações mais badaladas da Mostra. Trazido esse ano para a escola, o projeto simula a formação de uma escuderia de fórmula 1, com a divisão de trabalhos de marketing, design, administração, engenharia. A atividade estimula a inovação e o empreendedorismo.

O aluno Kaui Madeira, da 1ª série do Ensino Média, participa da escuderia Ignis_GL e conta: “O projeto nos leva a aprender a administrar uma empresa como qualquer outra. É uma empresa administrada por alunos de 15 anos. Conhecemos várias pessoas ao longo da competição e ganhamos uma experiência muito diferente. Só tenho a agradecer à escola e ao professor Ricardo Viz pela oportunidade”.

A aluna Isabella Costa, da 2ª série do Ensino Médio, apresentou o projeto de máquinas antigas de Leonardo Da Vinci do  PET-MEC- UFF e explica: “Eventos como esse mostram que é possível aprender de forma lúdica e demonstra como funcionam os eventos científicos que assistimos em nosso dia a dia como se fossem naturais. Isso é muito importante, pois nós somos o futuro e precisamos entender como funciona esse passado científico para ir adiante”.

 

Luciana Sassoni, mãe do aluno Leonardo, do 4º ano, que participou apresentando os cards de um jogo inventado por ele e por outros dois colegas de turma, observa: “Esse evento estimula a criança a buscar outras formas de aprender, além de despertar o interesse pelas ciências, abrindo portas para o conhecimento. Acho muito interessante a autonomia que eles têm para produzir e as descobertas feitas por eles”.

O professor de Química do 9º ano observa: “O evento desenvolve a autonomia dos alunos quanto aos conceitos científicos. Daqui a alguns anos serão esses meninos e meninas que estarão propagando a ciência. Eu olho para eles e me sinto passando o bastão”.