A voz dos refugiados
25/07/2016

A responsabilidade social, a solidariedade e a formação de cidadãos comprometidos com o outro, que utilizem a empatia em sua leitura de mundo, são fundamentais para uma educação globalizada e humanizada. Por isso, o GayLussac abriu as portas para receber a refugiada Mariama Bah, da Gâmbia, e a equipe do Cáritas-RJ, ONG que trabalha com o acolhimento de refugiados. Mariama conversou com nossos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e da 3ª do Ensino Médio em um bate-papo leve e carregado de esperança que emocionou os presentes.

Mariama contou: “Fui obrigada a me casar e a ser mãe muito cedo. Estou aqui para que a minha filha não tenha que passar por isso também. Os refugiados são pessoas comuns, como vocês.” Na apresentação com o 6º ano, a refugiada foi questionada sobre o preconceito e arrancou aplausos dos presentes: “Preconceito existe, sim. O preconceito é diário. Mas eu vejo as pessoas preconceituosas como mal informadas. E se eles falam duro, temos que suavizar e falar com educação”.

A aluna da 3ª série do Ensino Médio Hannah Leão conta: “Foi muito interessante, nos aproximou do tema, que se tornou mais realista. Ficamos sabendo como o refugiado é tratado no Brasil e conseguimos fazer doações”. Maria Eduarda Gagliard explica: “Achei a palestra muito boa. A fala dela foi ao encontro das questões que envolvem o feminismo e a luta pela igualdade dos direitos das mulheres. O refugiado não é apenas o que foge da guerra, mas de uma cultura que tira a mulher da escola e obriga que ela case muito cedo”. Danilo Dias completa: “E apesar de toda tristeza da história, ela nos incentivou e motivou. Era uma pessoa alegre e muito positiva que passou por um momento como esse e deu um exemplo de superação, está estudando teatro. É tudo que nós, na 3ª série, precisamos! De mais exemplos assim”.