A mala da Hana
08/05/2017

O estudo sobre o que foi o holocausto pela perspectiva de crianças é um tema essencial no desenvolvimento de uma consciência histórica e do exercício da empatia. O entendimento de todo o processo da Segunda Guerra e o resgate das histórias de cada família foi o objetivo do projeto “A Mala de Hana”, feito com alunos do 6º ano pelos professores Priscila Aquino, de História, Gustavo Abreu, de Produção Textual, e Gláucia Mourão, de Língua Portuguesa.

A Mala de Hana conta a história de Hana Brady, judia e órfã, vítima do holocausto. Cada um de nós tem uma história. E é em busca dela que os alunos do 6º ano foram. Em parceria com as famílias, pesquisaram recordações para construir a mala que contaria a história de cada um. Como seria o perfil deles? Para descobrir, escolheram adjetivos, fotos, memórias, tudo isso como forma de identificar quem são.

Em Produção Textual, os alunos foram orientados a produzir uma autobiografia. Desse modo, foi possível criar um ambiente de pesquisa e produção escrita, com um trabalho de investigação nas fontes familiares. A atividade mobilizou alunos e familiares na construção de um texto autoral e de caráter afetivo. Na disciplina de Português, apresentaram a mala à turma, incentivando o desenvolvimento da retórica.

A conexão de cada um com sua família é grande nesse momento de união em busca do material. A aluna Betina Lemos conta: “Eu fiz com a minha mãe e ela me contou sobre a história dela, a escola, aulas de ginástica e a gravidez, coisas que eu nem sabia”. A aluna Clara Buarque completa: “Foi uma experiência muito legal compartilhar com todos os nossos amigos os momentos mais marcantes da nossa vida”.

Na aula de História, os alunos foram desafiados a usar a imaginação histórica e se transformaram em jornalistas, que elaboraram entrevistas com os personagens do livro em um típico pingue-pongue – entrevista de perguntas e respostas. Assim, precisaram pesquisar sobre o período, coletar imagens e elaborar desenhos que pudessem ilustrar o jornal. O objetivo era fixar o conteúdo de teoria da história, aprendido em sala de aula.