Da Itália para Niterói
25/05/2017

Reggio Emilia, ao norte da Itália, é uma referência em Educação Infantil e formação docente. A pedagogia desenvolvida ali após a 2ª Guerra Mundial encanta educadores ao redor do mundo e é uma das diretrizes da nossa Educação Infantil. No início de maio, nossa Diretora Pedagógica, Luiza Sassi, e a Gerente Pedagógica da Educação Infantil e Projeto Bilíngue, Graça Regent, desembarcaram nessa cidade tão especial para educação com o objetivo de participar do Grupo de Estudos de Formação.

A abordagem educacional de Reggio Emília inspira as atividades do Jardim há quase 15 anos, notadamente com o Projeto Clube de Pesquisa, que incentiva o protagonismo e o potencial investigador do aluno. Mas, a participação nos seis dias de curso, voltado para a educação latino-americana e divulgado pela Rede Solare, com certeza fez essas duas educadoras retornarem cheias de novas ideias na bagagem.

Luiza Sassi conta: “O curso foi excepcional. Uma aprendizagem única em relação ao que há de mais nobre no ensino da Educação Infantil e para o Fundamental 1. A ideia central é a subversão que se faz no conceito de escola, sendo um lugar onde o aluno aprende a fazer perguntas. Uma perspectiva educacional que não tem a intenção de replicar, mas de recriar o conhecimento que está em permanente movimento”.

Graça Regent explica: “Ao estar na cidade, pude perceber que a filosofia reggiana vai muito além dos muros da escola, penetrando nas formas de vida da cidade – como ela está organizada. Um exemplo é o centro de reciclagem REMIDA que recolhe materiais de refugo para ser utilizado nas escolas.  Existe uma preocupação em catalogar esse material que chega para as crianças e a beleza no inútil renasce. Ou seja, toda a comunidade está envolvida na educação das crianças. É uma cultura única.”

Luiza finaliza dizendo que o foco dessa pedagogia está no desenvolvimento de um olhar que faz desabrochar nas crianças aquilo que é mais profundo no ser – a humanidade, em que as artes têm uma função fundamental na apuração de um senso estético. “Assim, vimos crianças com autonomia e grande capacidade de inferir, pensar, pesquisar e encontrar o conhecimento que lhe preenche no sentido mais humano de ser. Uma experiência inesquecível para um educador, que nos servirá de inspiração para contaminarmos nosso ambiente escolar”, diz.